Duas novas espécies de insectos no Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros
13.04.2009
Escaravelhos cavernícolas novos para a ciência
No final de 2006 início de 2007, foram descobertas duas novas espécies de insectos no Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros (PNSAC). Trata-se de escaravelhos cavernícolas, ou seja que habitam em cavidades e grutas, no Maciço Calcário Estremenho, sendo espécies novas para a Ciência.Esta descoberta é tanto mais significativa se pensarmos que, em Portugal continental, apenas se conheciam dois exemplares de uma única espécie de escaravelho cavernícola – a Trechus machadoi.Estas espécies foram descobertas pela bióloga Ana Sofia Reboleira, durante uma investigação desenvolvida no PNSAC, no âmbito do seu mestrado, intitulado “Os Coleópteros (Insecta, Coleoptera) cavernícolas do maciço calcário Estremenho: uma abordagem à sua biodiversidade”.Os exemplares das duas espécies de escaravelhos (Coleópteros da família Carabidae) encontrados e descritos, pertencem também ao género Trechus.As espécies agora descobertas possuem algumas características interessantes:- são hipógeas, ou seja que vivem debaixo de terra.- ocupam as partes profundas das cavidades do maciço calcário estremenho;- todo o seu ciclo de vida decorre no interior das cavidades; - são microendémicas, ou seja têm uma distribuição muitíssimo reduzida, existindo apenas em pequenas zonas; e- as suas populações têm um reduzido número de indivíduos, o que dificulta bastante a sua visualização.
Cada uma das três espécies de coleópteros cavernícolas, actualmente conhecidas em Portugal continental, ocupa uma subunidade distinta do maciço calcário estremenho.Estas zonas cársicas, em que a água é quase rara à superfície mas onde existem lençóis de água subterrâneos e toda uma rede de cavidades, sãomuito vulneráveis a problemas ambientais, de que são exemplo a poluição das águas subterrâneas devido a substâncias que se infiltram através dos calcários, a exploração de inertes (ex. pedra) e a construção. Note-se que um curso de água subterrâneo demora muito mais tempo a recuperar de um episódio de poluição do que um rio à superfície. Assim, para se manter a qualidade daquele que será um dos maiores reservatórios subterrâneos de água doce existentes em Portugal e para que se possam conhecer estas, e outras espécies ainda por descobrir e que habitam nas zonas mais recônditas do PNSAC, torna-se necessário protegeras áreas de drenagem dos habitats que albergam estas espécies microendémicas, caso contrário, corre-se o risco de elas se extinguirem ainda antes de serem conhecidas. Foto: um dos exemplares das duas novas espécies descobertas no PNSAC. Repare-se nas grandes antenas que servirão para "tactear" no meio cavernícola.
Fonte: icnb
Vigilantes da natureza do PNSAC recolheram 86 animais feridos em 2009
No ano passado, os serviços de recolha e de reencaminhamentode animais sinistrados do Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros (PNSAC) receberam 86 espécies. A maioria foi reencaminhada para o Centro de Recuperação de Animais Silvestres de Monsanto (LX CRAS) e, depois de reabilitada, foi devolvida ao seu habitat natural.Esse, é aliás, um dos momentos "mais gratificantes" dos Vigilantes da Natureza do Parque Natural. "Sentimos que foi mais um animal que escapou", afirma António José Silva, Vigilante da Natureza do PNSAC.Dos 86 animais recolhidos, 14 ficaram feridos na sequencia de colisões com viaturas, enquanto 15 apresentavam ferimentos causados por tiros. "Durante a época de caça, quase todas as quintas-feiras nos é entregue um animal", conta aquele vigilante, revelando que, no ano passado, receberam também oito animais que se encontravam em cativeiro.Segundo António José Silva, a maioria desses casos é descoberta através de denúncias anónimas. "Numa primeira abordagem, tentamos sensibilizar as pessoas para o facto de se tratarem de espécies protegidas. Na generalidade das situações, as pessoas são sensíveis aos nossos argumentos e acabam por nos entregar os animais de livre vontade", conta o Vigilante da Natureza.De acordo com os dados do PNSAC, o Serviço de Protecção da Natureza e Ambiente (SEPNA) da GNR foi a entidade que mais animais entregou nos três pontos de recolha do Parque - Ecoteca em Porto de Mós, Monumento Natural das pegadas de Dinossaurios no Bairro e Serviços Administrativos em Rio Maior - totalizando 60 exemplares. Os Vigilantes da Natureza do PNSAC recolheram 20, enquanto os restantes seis animais chegaram aos serviços do Parque através de outras entidades ou cidadãos particulares.Dos 86 animais recebidos, 25 eram Buteos (Águia-de-asa-redonda, muito comum na área do PNSAC). Foram ainda entregues 11 corujas-das-torres, outros tantos gansos-patolas, 5 cegonhas, 5 gralhas-pretas e 4 garças-reais, entre outras espécies. "A maioria dos animais que recebemos são aves, mas também acolhemos um ou outro mamífero, como raposas ou genetas", revela António José Silva.
Fonte:O Portomosense
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